quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Qual seu nome?

Se alguém te pergunta: Qual é seu nome, o que responde?
Logo que cheguei a Maringá, (cidade em que moro hoje e que ainda é um tanto provinciana) quando as pessoas perguntavam meu nome, eu respondia:
- Ana Carolina.
- Ana Carolina...Hum...do que?
Replicavam elas. E eu respondia
- Peck do Amaral.
Após a apresentação de meu sobrenome sempre havia um Silencio – afinal, ninguém sabia quem eu era, porque eu não era “das redondezas”.
- Quem são seus pais? Insistiam. O que eles fazem? (Acredite, as pessoas ainda perguntam isso!)

Bom, quando chegava a este ponto eu já ia logo explicando que eu era de São Paulo e que provavelmente não saberiam mesmo quem éramos.

Da mesma forma, hoje, temos vivido em meio a tantas adversidades que é como se estivéssemos sempre sem identidade. Sou esposa, mãe, filha, psicóloga....a lista é interminável, da mesma forma que são intermináveis os afazeres do dia-a-dia.

É certo que nosso nome não é suficiente para retratar quem somos já há muitos séculos, mas nos dias de hoje é impossível definir a nós mesmos em algumas palavras. Já reparou na descrição que as pessoas postam no “quem eu sou” das redes sociais? É comum as pessoas utilizarem poesias, músicas e até versículos, como um artificio “facilitador” de descrição pessoal. Mas a verdade é que a maioria de nós não sabe quem é e muito menos a que veio a este mundo.

Claro que, se formos “bons cristãos” nos apropriaremos de frases prontas para falar sobre o propósito de Deus em nossas vidas. Às vezes até afirmamos que somos amados por Ele. Mas a grande verdade é que por vivermos em um mundo em que somo definidos pelo que fazemos, e não pelo que somos, fica difícil se sentir realmente amado e aceito todo o tempo.

Jacó certa vez encontrou-se com Deus no Vale de Joquebode. Em meio um conflito espiritual, Deus pergunta a ele: “Qual seu nome?”. Na cultura judaica seria o mesmo que Deus pedir a Jacó que falasse sobre quem ele era, sobre sua família ou crenças. Moisés fez pergunta semelhante ao próprio Deus ao encontra-lo no Monte . Isto, porque sendo dessa mesma cultura, o nome lhe ajudaria a compreender melhor aquela experiência.

E então: Qual é o seu nome?

Vemos na bíblia a historia de uma mulher que se deparou com o sofrimento extremo. Seu marido era um rico fazendeiro e do dia para noite ele perdeu tudo o que tinha. Como se não bastasse, chega a noticia de que seus filhos, que tinham ido visitar o irmão mais velho que morava fora, haviam sofrido um acidente. Um vendaval muito forte derrubara a casa em que estavam matando todos os que ali estavam. Essa mulher havia perdido todos os seus bens e todos os seus filhos. Após alguns dias, seu esposo começa a ficar doente. Sua pele começou a encher-se de feridas e é provável que até seu hálito tenha se tornado insuportável. Em um ato de desespero, esta mulher olha para seu marido e diz: “Amaldiçoa logo esse teu Deus e morre!”. Seu marido mais que depressa a reprende dizendo: “Pare com isso mulher! Você parece uma louca falando!”. A bíblia não nos diz o nome dessa mulher. Ela é uma mulher sem nome. Com o coração ferido, sentia-se abandonada e desamparada.

Da mesma forma a bíblia nos conta a história de uma mãe que sofria a anos com uma filha doente que apresentava graves convulsões. A bíblia diz apenas que esta mulher era sírio-fenícia, mas não menciona seu nome. Ao ouvir falar do Senhor Jesus, ela buscou encontra-lo na cidade em que estava, se aproximou dele e suplicou que o Senhor curasse sua filha. Jesus dá a mulher uma incompreensível resposta: “Mulher! Por acaso daria um homem o pão de seus filhos aos seus cachorrinhos?” Na linguagem de hoje, seria o mesmo que Jesus dizer: “Mulher, você nem é de nossa igreja, não participa de nossos cultos, como quer receber os mesmo milagres?” Mas a mulher sabendo com quem falava responde: “Senhor, bem sei que os cachorrinhos passeiam ao redor da mesa e se contentam com as migalhas de seu senhor”. Jesus sabendo que aquela mulher tinha compreendido que o mais importante era reconhecer Nele o provedor de todas as suas necessidade curou sua filhinha!

Apesar de não sabermos muito mais sobre estas mulheres, o relato bíblico nos mostra que a primeira mulher recebeu as bênçãos depois do sofrimento, uma vez que Deus restituiu em dobro a Jó, seu esposo, tudo o que havia perdido. No entanto, não sabemos se ela reconheceu o Senhor como seu sustento e restaurador. Não sabemos se ela desfrutou do privilégio do relacionamento com Deus.

Mas tenho certeza, que para a mulher sírio-fenícia, foi um privilégio conversar com o Senhor Jesus sobre os problemas que afligiam seu coração, sobre sua dor e tristeza. Fico imaginando como ela contou para sua filhinha, a respeito de seu encontro com o Salvador, e sobre como esse Jesus a havia curado sem nem precisar toca-la. Pela fé e audácia que demonstrou ao respondeu Jesus, fico pensando o que disse a sua filha ao saber sobre a morte de Jesus na cruz. Talvez ela tenha dito: “Este, foi o homem que curou você, tenho certeza que sua morte não é o fim...!!” E realmente não era.

Vivendo em meio a toda correria do dia-a-dia, acabamos perdendo nossa identidade. Como as duas mulheres do relato bíblico, ficamos como que sem nome, sem identidade.

Na primeira história vemos o exemplo do que acontece quando estamos feridos por causa da nossa história de vida. Sem a cura de Cristo, ferimos os outros, mesmo que sejam pessoas a quem amamos! Quando estamos machucados emocionalmente, ou nos sentido desprezados, nada de bom pode sair de nós, porque somos como árvores que produzem frutos secos. Mas se permitirmos que o Senhor Jesus venha em nos para curar nossas feridas, feridas que às vezes são muito profundas, nossa natureza passa a ser transformada. Jesus nos dá uma nova identidade através do Espirito Santo, e tudo em nos passa a ser novo! Se o Deus vivo habitar dentro de você e te curar, sua história de vida receberá “novas memórias” e você será capaz de perdoar, reconhecendo que Jesus amou você, mesmo sendo pecador.

Estou certa de que a história dessas duas mulheres vem nos revelar a maior verdade de todas: Nós apenas podemos nos definir a partir de um encontro com Deus. Moisés fez a pergunta “Quem é você” para Deus.  A resposta certeira do Grande EU SOU, provam que o nosso Deus não pode ser definido, ou renomeado por homens. Nós, ao contrário, só podemos nos definir, a partir de um encontro verdadeiro com Deus, e o “ponto alto” de um encontro verdadeiro com Deus é quando somos desmascarados por Ele. Sim, desmascarados!


Mas nós desenvolvemos um “jeitinho” para viver bem, uma máscara que nos permite continuar a viver com nossas dores e angustias. Só que Deus se recusa a se relacionar com uma personagem. Deus quer um relacionamento genuíno com seus filhos. Ele quer que nos apresentemos a Ele como somos. Lembremos, no entanto o que o salmista nos diz: “Sonda o meu coração e vê se há em mim algum caminho mal (...) Antes que haja uma palavra em minha boca, o Senhor já me conhece (...) prova-me e conhece os meus pensamentos (...).” Se Deus já nos conhece, porque espera que nos apresentemos a Ele? A resposta é simples! É por causa de nós mesmos. Sim! Pois é apenas através de um exercício espiritual de introspecção, a partir da ação do Espirito Santo de Deus em mim, é que eu poderei ver minha real natureza. Aos pés da cruz, a natureza pecadora fica exposta e minha necessidade de Deus fica aparente.

Não são suas ações que dizem quem é você de verdade. Antes de agir, podemos pensar e planejar, podemos inclusive dissimular. Mas no seu relacionamento com Deus, suas verdade ficam expostas e você é avaliado. Avaliado pelo Espirito Santo, para ser quebrantado pelo Espirito do Deus Vivo, para ser então transformado. Quando eu permito que Deus forme em mim uma nova identidade, tudo aquilo que eu não sou, posso ser Nele. Por meio de Jesus, posso ter uma nova identidade e um novo nome.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Glória a Deus pela Cruz de Cristo!


Pela Cruz me chamou,
Gentilmente me atraiu
e eu sem palavras me aproximo
quebrantado por seu amor!

Impressionate é o seu amor
Que me redimiu e me mostrou
O quanto Ele é fiel!!!


Vineyard.

Virtuosas e Sobrecarregadas!

Virtuosas & Sobrecarregadas

Como mulheres do século XXI, podemos “usufruir do legado” deixado pelo movimento feminista: A independência e a igualdade de direitos. Mas algo está errado!  Não é novidade para ninguém que nos dias de hoje as mulheres vem acumulando funções. Ao olhar para o “universo feminino” nos deparamos com uma continua sensação de desamparo, onde a vaidade extrema se torna um caminho rápido para disfarçar as feridas da alma. Estamos muito competitivas, muito críticas, menos sensíveis do que deveríamos e bem menos femininas do que poderíamos.


Como mulheres, temos lutado para sobreviver em meio a tantas adversidades que acabamos sem identidade. A pressão vivida tem sido muitas vezes, insuportável! Somos uma geração de mulheres sobrecarregadas!

Como se não bastasse, muitos livros vêm sendo lançados no meio evangélico sobre como uma “mulher virtuosa” deve ser. As mulheres são encorajadas a se esforçar para serem fortes e a administrarem bem o seu lar. Textos bíblicos fora do contexto são utilizados para fundamentar a ideia de que é o “bom procedimento” da mulher o maior responsável pelo sucesso de um lar. Através dessa mensagem, a pressão não apenas é mantida, como traz novas culpas ao coração.

 A Bíblia nos traz revelações preciosas a respeito da natureza humana, e nos convida a repensar nossos conceitos e valores a respeito da mulher pós-moderna. A boa notícia é que se o Deus vivo habitar em você e te curar, a pressão será substituída pela liberdade em Jesus, para que você possa ser o que Ele planejou que fosse desde a eternidade. Jesus nos dá uma nova identidade através do Espirito Santo, e tudo em nos passa a ser novo! Quando eu permito que Deus forme em mim uma nova identidade, tudo aquilo que eu não sou, posso ser Nele. 


Chegou a hora de repensar o velho caminho, pois existe um caminho de descanso disponível para você ainda hoje! 

Continua....

Porque mudei o nome de meu Blog.

Algumas coisas da vida são realmente complicadas.
Mas a grande maioria delas, nós complicamos.
Os relacionamentos, por exemplo, nós complicamos.
O casamento, o sexo, a criação de filhos....tudo contém a nossa própria dose de complicação.
Qual o melhor caminho pra se achegar a Deus?
Como falar sobre sexo com meus filhos? Como explicar de onde vem bebês....
Tudo as vezes parece tão difícil....e cansativo....

Hoje decidi! Quero viver a vida de um jeito mais simples, mais gostoso. E não falo dessa simplicidade apregoada pelos artistas, ou pelas mil versões existentes de "Filtro Solar".... A simplicidade de que falo não é o oposto do luxo....da vida bem sucedida....não! 
Falo de abrir mão da minha necessidade de complicar.
Isso mesmo, essa necessidade insistente de ver as coisas acontecendo do meu jeito e no meu tempo. Essa força em mim que me faz ficar pensando na resposta antes mesmo de terminarem a pergunta. E isso, ao mesmo tempo em que penso o que vão pensar de mim quando eu der a resposta.
Quero fazer diferença real na vida das pessoas, amar a Deus sinceramente e ter um relacionamento intimo com Ele, o que sei que só será possivel abrindo mão da minha necessidade de aprovação....aceitação...complicação.

Sei que esse pode ser um problema só meu....meu somente e simplesmente...
Mas pode também não ser....
De qualquer forma....estou curiosa para ver onde isso vai dar....
Viver simplesmente....
Sinceramente....